No fim de semana de 20 e 21 de setembro, o Grupo Chama da Comunidade cristã de Nossa Senhora Mãe dos Homens de Gondomar, reuniu-se no Centro de Espiritualidade de Betânia (Paredes) para dinamizar o seu retiro de início de ano pastoral, o “Acender”. Apesar da chama nunca se apagar, esta atividade não só marca o início do ano, como também é caracterizada por integrar os adolescentes do 10ºano da catequese, de forma a conhecer melhor o grupo Chama e os chamistas. Este ano, participaram 8 adolescentes do 10º ano – Immersi – mas todos os outros são convidados a juntarem-se às restantes atividades que decorrem ao longo do ano.
Iniciámos o dia com um quizz que realçava curiosidades sobre todos os participantes no retiro. Após este momento, passamos a um plano de atividades que se debruçava sobre o tema - Identidade [IN]visível.
Durante a manhã, relembramos o nosso “eu” passado. Refletimos como aquilo que vivemos vai moldando a nossa personalidade, fazendo sobressair algumas características das quais gostamos e outras, das quais podemos não gostar. É um processo natural e que faz parte do crescimento e do amadurecimento enquanto pessoas! Olhar para o passado é compreender que certas partes de nós já cumpriram o seu papel e podem ficar lá atrás, enquanto outras se transformam em forças que carregamos para o futuro.
No período da tarde, passamos ao nosso “eu” presente. Realizamos uma atividade com plasticina, em que cada participante moldou algo que o representasse e os resultados foram muito variados e personalizados – aviões, notas musicais, fogo de artifício, ciclos de altos e baixos. De seguida, cada grupo juntou as suas peças para construir uma nova peça. Os vários grupos construíram diferentes partes de uma igreja: altar, ambão, bancos, cruz, sacrário, pia batismal e píxies. E porque é que foi necessário desfazer o que tinham moldado inicialmente para construir esta peça? Porque aquilo que era apenas de cada um, passou a ser de todos e aquilo que nasceu de cada um, ganhou um novo sentido quando foi colocado ao serviço da comunidade. A vida cristã é isto mesmo: dar o que somos, confiar que Deus aproveita cada cor e cada forma, e perceber que, em conjunto, somos muito mais do que aquilo que conseguiríamos ser sozinhos.
À noite, após o jantar, seguindo a ordem natural do tempo, ousámos olhar para o nosso “eu” futuro. Numa vigília bem ao estilo do grupo Chama, abrimos o nosso coração ao desconhecido e à incerteza e tentámos ver o caminho que temos pela frente, ou pelo menos, aquele que gostaríamos de ter. Fomos convidados a escrever um conselho para o “eu” do passado e uma mensagem para o “eu” do futuro. Finalmente, escrevemos um compromisso! Uma ação que desejamos assumir e que nos aproxime daquilo que projetamos na mensagem para o nosso futuro.
A noite terminou com vários chamistas a cantar músicas do seu cancioneiro, na igreja, estendendo o espírito de vigília, comunhão, partilha e amor.
Todos temos diante de nós uma estrada única. E nesta estrada, Deus não nos chama a ser perfeitos, mas a ser autênticos, corajosos e disponíveis para amar. Ele sonha connosco, acredita em nós e envia-nos ao mundo como luz.