Religioso da Província dos Capuchinhos de Castela, nasceu em La Puebla, Província de Palência, em 28 de Abril de 1889. Começou por ingressar no Seminário diocesano de León, onde concluiu os estudos de Filosofia e Teologia mas, mais tarde, sentiu o chamamento de Deus à vida religiosa e vestiu o hábito capuchinho, no Convento de Bilbau, em 23 de Novembro de 1907. Aí fez a profissão temporária em 24 de Novembro do ano seguinte, a profissão perpétua em 25 de Novembro de 1911 e recebeu a ordenação sacerdotal em 8 de Abril de 1916.
No Capítulo da sua Província de 1919 elegeram-no Secretário Provincial, cargo que desempenhou até Julho de 1922. No triénio de 1925-1928 foi Vice-Director do Seminário Seráfico de El Pardo e, ao mesmo tempo, professor dos seminaristas. Começaram então a manifestar-se os primeiros sintomas de uma doença que o deixaria praticamente inválido para o resto da vida e muito o fez sofrer.
Encontrava-se na Fraternidade de Jesus de Madrid quando, em Junho de 1936, recebeu dos seus Superiores obediência para ser destinado a Portugal, a fim de entre nós se sentir mais amparado e protegido dos dolorosos acontecimentos pressagiados pela Guerra Civil espanhola.
Em 1 de Agosto desse ano chegou à casa de Valinha, situada na freguesia de Ceivães, Concelho de Monção, acompanhado pelo Frei Miguel de Motrico e Frei Teodósio de Villademor. Tinha sido alugada pela Província de Castela para, em caso de necessidade, servir de refúgio aos alunos do Colégio Seráfico de El Pardo e aos candidatos a irmãos não clérigos. Dispunha de uma linda capela com coro e dois pomares e estava perto da fronteira com a Espanha. Chegou a ter oito postulantes: dois portugueses, vindos de Barcelos, e seis espanhóis. O Guardião era o Frei Inácio de Vegas.
Nesta Casa viveu o Frei Jaime de La Puebla até 16 de Março de 1937, data em que a mesma foi suprimida pelo Vigário Provincial de Castela, Frei Mariano de Vega, mandando para Barcelos todos os Religiosos e postulantes que nela residiam. O Frei Jaime acompanhou-os, e esteve em Barcelos pouco mais de um ano. Em Julho de 1939 regressou definitivamente à sua Província, sendo destinado ao Convento de León.
Apesar da sua invalidez física e do avanço da doença, que lentamente o ia minando, foi de grande edificação para todos pela sua profunda vida de oração e devoção, pela pontualidade nos actos da vida comunitária e pela coragem, alicerçada numa grande fé, com que aceitava o sofrimento quotidiano. Nos últimos meses de vida, viu-se obrigado a renunciar à celebração da Eucaristia, fisicamente diminuído por uma paralisia generalizada e terminal, que o impedia de tomar qualquer alimento.
Faleceu no Convento de León em 28 de Abril de 1957. Contava 68 anos de idade, 50 de vida religiosa e 41 de sacerdócio.