“Deus vem em meu auxílio”
LEITURAS:
1ª: Is 50,5-9a. Salmo 116/114-115,1-2.3-4.5-6.8-9. R/ Andarei na presença do Senhor, sobre a terra dos vivos. 2ª: Tg 2,14-18. Evº: Mc 8, 27-35. IV Sem. Salt.
UMA IDEIA
O itinerário do evangelista Marcos sugere uma nova etapa inaugurada com a questão colocada por Jesus aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que Eu sou? […] E vós, quem dizeis que Eu sou?» (evangelho). A confissão de fé de Pedro é notável: «Tu és o Messias.» Contudo, no momento seguinte, rejeita a possibilidade da Paixão que Jesus Cristo anuncia. Sim, é difícil o compromisso de tomar a (própria) cruz, como pede o Mestre, para o seguir. Aceitá-lo é confiar e ser fiel: «sei que não ficarei desiludido» (1ª). Aceitá-lo é andar ou caminhar «na presença do Senhor» (salmo). Por exemplo, implica unir a fé com as obras, pois «a fé sem obras está completamente morta» (2ª). Eis um ótimo critério para fazer o ponto da situação sobre a nossa fidelidade a Deus!
UM SENTIMENTO
O «servo», apesar da oposição, não desiste porque, maior do que a hostilidade, é a sua confiança: «Deus vem em meu auxílio» (1ª). Do mesmo modo, para o cristão, a fé exprime-se em ações que passam por tomar a cruz. Contra o que algumas (muitas?) vezes escutamos, isto não supõe que Deus queira ou provoque o sofrimento. Se assim fosse, não seria Deus, mas um ídolo sanguinário e cruel. «Ainda hoje, Cristo confronta-nos, desafia-nos e diz-nos que temos de carregar a nossa cruz e levar os nossos fardos; mas isso é muito diferente de afirmar que o Pai, o Filho e o Espírito nos enviam as cruzes e nos colocam fardos às costas» (Richard Leonard). Deus vem em nosso auxílio (no sofrimento)!
UMA IMAGEM
Cristo desafia-nos a carregar a nossa cruz.