"Até aos confins da terra"
LEITURAS:
1ª: At 1,15-17.20a.20c-26. Salmo 103/102,1-2.11-12.19-20ab. R/ O Senhor tem no Céu o trono da sua glória. 2ª: 1 Jo 4,11-16. Evº: Jo 17,11b-19.
UMA IDEIA
O Sétimo Domingo de Páscoa, em Portugal, é também o dia em que celebramos a «entrada» de Jesus Cristo nos Céus, a Solenidade da Ascensão. Lucas faz dois relatos do mesmo acontecimento: um na conclusão do evangelho e outro a abrir o livro dos Atos dos Apóstolos: «Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria» (evangelho); «Elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos» (Atos: 1ª). Paulo, na Carta aos Efésios, também evoca essa mesma realidade ao proclamar que Deus ressuscitou Jesus Cristo e O «colocou à sua direita nos Céus» (2ª). Diz também que nós podemos viver a esperança (2ª) de «entrar» na vida eterna. Entretanto, aclamemos a Deus «com brados de alegria» (salmo)!
UM SENTIMENTO
A Ascensão marca o início da missão das comunidades cristãs, clarificando que a experiência de «Igreja em saída» está unida à experiência do Espírito Santo. O texto da primeira Leitura dá a conhecer um dos fios narrativos: a expansão da Boa-Nova começa em Jerusalém e em toda a Judeia (primeira fase), depois na Samaria (segunda fase) e, finalmente, «até aos confins da terra» (última fase). Esta é a nossa missão: levar a alegria do Evangelho a todos os «confins da terra». Nestas palavras está descrito, em linhas gerais, o processo evangelizador: consiste em ultrapassar, paulatinamente, todas as fronteiras (geográficas, sociais, económicas, culturais, religiosas) e chegar a todas as periferias físicas e digitais.