De 10 a 22 de julho, o Fr. Fernando Alberto Pedrosa Cabecinhas realizou a visita fraterna aos três irmãos timorenses que continuam a pertencer à Província Portuguesa e, por razões de estudos académicos, estão em Timor-Leste, na Fraternidade de Tibar. Esta visita está prescrita nas Constituições da Ordem, e deve fazer-se pelo menos duas vezes a cada três anos. Compete ao Ministro Provincial fazê-la, o qual, neste caso, delegou ao Fr. Fernando, por ser o Vigário Provincial e um dos que ali iniciaram a presença capuchinha em 2003.
O objetivo principal desta estadia em Timor-Leste era o de inteirar-se da situação dos irmãos que pertencem à Província Portuguesa e animá-los na sua vocação de irmãos capuchinhos. São o Fr. John Naheten, o Fr. Hermenegildo Sarmento e o Fr. Ricardo Lemos. Para além do diálogo pessoal com estes três irmãos, reuniu com os irmãos da Equipa formadora e com todos os irmãos em formação ou em estudos académicos.
Os irmãos que pertencem à Província estão na Fraternidade de Tibar. Mas o Fr. Fernando passou também alguns dias da visita em Laleia, onde começou a presença capuchinha em 2003 e onde passou o maior tempo da sua presença e missão em Timor-Leste. Foi com alegria que os cristãos de Laleia receberam a visita daquele que foi o seu primeiro pároco. O coroamento do programa da visita fraterna aconteceu no dia 21, juntando em Tibar as duas fraternidades, para um jantar-convívio de despedida do Fr. Fernando que no dia seguinte iniciou a sua viagem de regresso a Portugal.
Para além do dia-a-dia fraterno e pastoral das fraternidades de Laleia e Tibar, onde participou de forma ativa, o Fr. Fernando aproveitou ainda estes dias para alguns “encontros” e “visitas”. Dia 14 participou no encontro dos catequistas de Laleia, de avaliação do ano catequético, junto da praia da Caravela, em Vemasse. Dia 15 juntou-se aos cristãos de Turiaha, lugar da Paróquia de Laleia, na celebração da festa do seu padroeiro São Boaventura. Dia 16 deslocou-se às Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, em Vemasse, para presidir à Eucaristia e partilhar o jantar com as irmãs. Dia 17 presidiu à Eucaristia na casa das Irmãs Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, em Laleia, onde voltou ao fim da manhã para partilhar com elas o almoço. Dia 19 presidiu à Eucaristia na casa das Irmãs Escravas da Eucaristia, em Tibar, e visitou as Irmãs Clarissas, no seu mosteiro em Tunubibi, Maliana, partilhando com elas o almoço. Dia 20 fez uma breve visita às Irmãs Franciscanas da Divina Providência, em Dili. Dia 21 recebeu, em Tibar, a visita do Pe. Justino Tanec, Reitor do Instituto Superior de Filosofia e Teologia D. Jaime Goulart, onde os nossos irmãos prosseguem os seus estudos académicos. Dia 22 presidiu à Eucaristia na casa das Irmãs Concepcionistas ao serviço dos Pobres, em Tibar.
A presença do Fr. Fernando em Timor-Leste nestes dias de visita foi também ocasião propícia para ver e reforçar a implantação da Ordem neste país, 21 anos após a chegada dos três primeiros capuchinhos portugueses, em outubro de 2003, e 4 anos após a entrega da responsabilidade à Província de Pontianak, em fevereiro de 2020. A realidade é ainda de crescimento, mas com o desafio de continuar a dar passos na linha da consolidação. Neste momento há um total de 27 irmãos em Timor-Leste: 21 na Fraternidade de Tibar e 6 na de Laleia. Destes, só 4 não são timorenses: 3 da Indonésia e 1 da Austrália. Dos 23 timorenses, 7 são professos de votos perpétuos (dos quais 1 é sacerdote e 3 são diáconos) e 16 são professos de votos temporários. Neste momento não há postulantes nem noviços, em parte devido à pandemia da Covid-19. Mas os irmãos recomeçaram já as atividades de pastoral vocacional e os encontros vocacionais. Mantém-se a perspetiva de alargar a presença capuchinha para outros lugares do país, com a criação de novas fraternidades. Em Serelau, Lautém, Diocese de Baucau, já foi oferecido terreno e os irmãos já garantem as celebrações dominicais dois fins-de-semana por mês.
Os irmãos de/em Timor-Leste continuam a contar com a ajuda de Portugal, nomeadamente para reforçar a aprendizagem da língua portuguesa. Por sua vez, a Província de Portugal agradece a todos os que com ela continuam a partilhar e apoiar a presença capuchinha neste país, na comunhão da oração, na ajuda económica e até nalgum tempo efetivo de presença e missão.