À meia noite de 25 de dezembro, sabemos que, na Igreja dos Capuchinhos de Gondomar, as luzes se apagam e acende-se um foco no Altar para dar início à Encenação de Natal. Há uma história que foi preparada para ajudar a anunciar e a representar o nascimento de Jesus. A Encenação de Natal é uma marca da comunidade capuchinha e é o produto final de um envolvimento da comunidade ao longo dos meses de novembro e dezembro.
Tudo começa em 1975, com o primeiro presépio ao vivo – ou seja, com representação cénica real – realizado na Cripta dos Capuchinhos, dinamizado pelo Colégio Paulo VI, sob orientação do frei Mário Rito e professores. Uma tradição que perdura até aos dias de hoje e que, atualmente, conta com o Grupo Chama na preparação e encenação do Presépio e com os restantes grupos da Comunidade na montagem dos cenários que acompanham a encenação.
Este ano, abraçando o mote do frei António Fonseca, o grupo Chama inspirou a encenação na participação das Jornadas Mundiais da Juventude, recriando aquilo que o grupo, com a ajuda da Comunidade, viveu naqueles dias em Lisboa. Uma encenação que também marca os 800 anos do primeiro Presépio ao Vivo, sonhado e concretizado por São Francisco.
Tal como há 800 anos, saímos todos e todas da igreja com uma inefável alegria, já esperando o próximo Natal para, em comunidade, voltarmos a dar vida ao Presépio.