Ao raiar da manhã deste sábado, partiu para a "Casa do Pai" o nosso estimado irmão Fr. Fernando de Negreiros (Joaquim da Silva Correia), Franciscano Capuchinho. Nas nossas orações, encomendemos este nosso irmão junto de Deus. Tinha 89 anos de vida, 73 anos de Profissão Religiosa e 66 de Sacerdócio.
No dia 16, segunda-feira, será celebrada Missa Exequial em Lisboa, às 09h00, na Igreja Paroquial da Sagrada Família de Calhariz de Benfica, e no Porto, às 14h30, na Igreja Paroquial dos Capuchinhos do Amial, seguindo depois para o cemitério da freguesia de Paranhos, onde ficará sepultado.
«LOUVADO SEJAS, Ó MEU SENHOR,
pela nossa irmã a morte corporal.
Bem-aventurados aqueles
que cumpriram Tua santíssima vontade
porque a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai e bendizei a meu Senhor, e dai-lhe graças
e servi-o com grande humildade.»
"Cântico das Criaturas” (São Francisco de Assis)
Resumo Biográfico
Frei Fernando de Negreiros, da Província Portuguesa da Ordem dos Capuchinhos, que agora partiu para a “Casa do Pai”, foi uma das figuras mais proeminentes desde a fundação da nossa Ordem em Portugal. Homem de elevadas qualidades, inteligência perspicaz, carácter e espírito nobre que trouxe da sua família minhota, aliadas a uma sólida formação cristã e franciscana, deixou em todos os encargos e missões a que foi chamado, um espírito de entrega feito serviço à causa da Igreja e da nossa Ordem, num labor abnegado cheio de competência, envolvido pela disponibilidade e simplicidade que sempre o caraterizou. Partilhamos alguns dados biográficos, que são pequenas pinceladas de uma vida gigante deste homem de Deus, seguidor de São Francisco de Assis, vida que é sempre mistério e que, por isso, não pode ser confinada aos nossos pequenos horizontes.
Frei Fernando (cujo nome civil era Joaquim da Silva Correia) nasceu em Negreiros, concelho de Barcelos, a 3 de Junho de 1933. Baptizado a 9 de Junho de 1933, foi crismado a 21 de Novembro de 1943 e entrou no nosso Seminário Seráfico em Barcelos a 12 de Agosto de l948. Foi seu Mestre de noviços o Padre Fulgêncio de Alfredo Chaves. Fez a profissão simples a 15 de Agosto de 1949 e recebeu os seus votos o Padre Frei Cirino de Getúlio Vargas, Superior de Barcelos. No dia 6 de Junho de 1954, em cerimónia a que presidiu o Padre Damião de Ódena, de passagem por Portugal, emitiu os seus votos solenes em Barcelos. Estudou a Filosofia em Barcelos, de 1949 a 1952, e a Teologia no Porto (os três primeiros anos) e no Convento de Santa Marta, em Salamanca (o último ano), de 1952 a 1956. Ali foi também ordenado de sacerdote a 1 de Abril de 1956 pelo Bispo da Diocese D. Francisco Barbado Viejo, O.P., na Catedral de Salamanca.
Depois da sua ordenação, o Padre Fernando foi para Barcelos, em Setembro de 1956, onde se consagrou, com intensidade e agrado de todos, à pregação e a outros ministérios sacerdotais, sendo também Capelão do Hospital da Misericórdia. Em Outubro de 1957 foi nomeado pelo Comissário Provincial, Frei Cornélio de San Felices, para fazer parte da Comissão Revisora da tradução das nossas leis, que consistiu na tradução da nossa santa Regra, das Constituições, das Ordenações dos Capítulos Gerais e do Estatuto das Missões.
A 20 de Outubro de 1957 chega ao Convento de Lisboa onde, depois de se lhe ler em público refeitório a patente de Secretário e Arquivista Provincial, cargos conferidos pelo Padre Cornélio de San Felices, toma imediatamente posse do seu cargo, sendo igualmente Arquivista Provincial, cargos que exerceu ininterruptamente durante 21 anos, até 1978. O Padre Fernando exerceu este cargo com proficiência e dedicação, pondo as suas qualidades ao serviço de toda a Província e dos seus máximos responsáveis.
Em 1957 assumiu a direcção da revista Bíblica, cargo que exerceu até 1964, sendo, a partir dessa data, Chefe de Redacção até 1978. Em 1963 foi nomeado Secretário da Missão Regular de Angola e Delegado da Obra Seráfica das Santas Missas, deixando essas funções em 1978. De 1961 a 1966 foi Quarto Assistente do Comissariado Provincial, e de 1969 a 1972, Primeiro Definidor e Vigário Provincial, cargo para que foi eleito pelo I Capítulo Provincial. De 1963 a 1978 exerceu as funções de Chefe de Secretaria da Difusora Bíblica, e de 1975 a 1978 as de Presidente do Conselho Editorial da mesma Difusora. Em Outubro de 1978 matriculou-se no Instituto Superior de Pastoral de Madrid e aí esteve até Junho de 1980, obtendo o título de bacharel em Teologia e de diplomado em Teologia Pastoral. Nesse ano ficou adscrito à Fraternidade do Porto, onde permaneceu até 1981, altura em que veio para Lisboa, como Chefe de Redacção da revista Bíblica, membro do Conselho Editorial e do Conselho Económico da Difusora Bíblica. Continua integrado na Fraternidade de Lisboa, tendo desempenhado, além dos cargos anteriores, no triénio de 1984 a 1987 o cargo de Vice-Administrador da Difusora Bíblica e, de 1987 a 1990, o ofício de Vigário da Fraternidade. No início do triénio de 1990-93, é reconduzido nas várias tarefas relativas ao Movimento Bíblico, o mesmo acontecendo no triénio de 1993-1996. De 1996 a 1999, deixa as funções de Vice-Administrador da Difusora Bíblica, continuando, contudo, a desempenhar as várias tarefas relativas às edições da Difusora Bíblica e ainda a fazer parte do Conselho Económico da mesma Difusora. Após o Capítulo Provincial realizado em 1999, o Fr. Fernando deixa as funções administrativas que desempenhava ainda na Difusora Bíblica, continuando, porém, a dar a sua colaboração, na escrita, à revista Bíblica, particularmente em duas secções, por sinal das mais antigas e mais lidas desta popular revista: a secção da “Opinião dos leitores” e, sobretudo, as “Notícias da Terra Santa”.
Apesar das muitas ocupações de responsabilidade, o Frei Fernando de Negreiros ainda deu muito do seu esforço no apostolado directo ao serviço do povo de Deus, através das famosas “Missões populares”. Assim, participou, entre outras acções, em 1959, na Missão de Santa Bárbara, na Ilha Terceira; na Missão de Chaves, em 1960; na Missão de Viana do Castelo, em 1962; na Missão de Lamego, em 1964; e na Missão da Covilhã em 1966, uma das mais relevantes, à qual deram a sua colaboração cerca de 15 sacerdotes capuchinhos!
Tem sido bastante intenso, durante todo este tempo, o seu trabalho na Difusora Bíblica com quem tem colaborado em diversos aspectos, bem como na nossa Revista Bíblica que insere muita colaboração da sua- autoria. Em 1957 participa, na qualidade de Director da revista Bíblica, na primeira reunião bíblica luso-espanhola, realizada em Lisboa, na qual participaram igualmente o Padre Inácio de Vegas, Chefe do Movimento Bíblico, Carlos de Villapadierna e Santos Correia, professores de Sagrada Escritura em León, entre outros, onde se foram lançando as estruturas do MDB.
Em 1963 concretizou-se a ideia duma edição completa da Bíblia, traduzida dos textos originais, com notas e comentários genuínos e actualizados segundo a moderna ciência bíblica. A 1ª edição desta Bíblia, com data de 1964, apareceria efectivamente em 1965, com 2.198 páginas, fruto do grande trabalho de revisão literária realizada pelo Frei Fernando de Negreiros, sob a orientação do Padre Carlos de Villapadierna, Director da revista “Evangelio y Vida”. Foi esta Bíblia que granjeou um enorme prestígio para a nossa Difusora Bíblica e para os Capuchinhos. Como curiosidade, devemos referir que a edição desta Bíblia, versão segundo os textos originais hebraico, aramaico e grego, era vendida ao público, nesse longínquo ano de 1965, ao preço irrisório de 75$00 e, na “Feira do Livro” de Lisboa desse mesmo ano, foi um autêntico “best-seller”, obtendo inclusivamente o primeiro lugar de livro mais vendido nesse certame.
Também neste ano de 1965, com tradução, reflexões e notas do Frei Fernando de Negreiros, publica a Difusora Bíblica o famoso livro “A Imitação de Cristo”, muito popular. Ainda no que concerne ao mundo das lides literárias, em 1982, como iniciativa para a comemoração do VIII Centenário do nascimento de São Francisco de Assis, a Editorial Franciscana publica as “Fontes Franciscanas”, a cuja publicação deu o Frei Fernando muito do seu esforço, com a tradução e a organização de todos os índices dessa obra de 1366 páginas.
Em 1989, aquando da comemoração do Cinquentenário da nossa Província, uma das mais significativas acções foi aquela de se publicar a História dos Franciscanos Capuchinhos em Portugal, tarefa que foi entregue ao Frei Fernando de Negreiros e Frei Francisco Leite de Faria, empreendimento gigantesco de acurada investigação desempenhada com saber e mestria, surgindo a público uma obra de 558 páginas, com o título «Os Capuchinhos em Portugal – Memória de um Cinquentenário (1939-1989)», afinal a nossa primeira grande memória escrita de modo sistemático.
A pedido dos Superiores, começa a trabalhar na edição do «Necrológio» dos Irmãos que Deus já chamou, tanto dos Irmãos portugueses como daqueles Irmãos estrangeiros que trabalharam na implantação da Ordem em Portugal. Trabalho exaustivo e rigoroso, cuja primeira edição impressa, saiu em 2001, com o título “O Senhor me deu Irmãos” (174 p.), abrangendo o período de 1939 a 2000.
O Fr. Fernando viveu os seus últimos anos na fraternidade de Lisboa onde, enquanto a saúde permitiu, mostrou sempre a sua disponibilidade e espírito de serviço, colaborando nas diversas atividades, seja na vida da fraternidade, seja nas ações pastorais da Paróquia da Sagrada Família de Calhariz de Benfica. Aqui, ao longo dos anos, especialmente na celebração da Eucaristia e na pastoral da reconciliação, granjeou um especial carinho e simpatia junto do Povo de Deus que ali acorria e ao qual serviu com dedicação e zelo pastoral, acolhendo a todos de braços abertos e nobreza de alma.
Nestes últimos anos, o Fr. Fernando viu o seu estado de saúde cada vez mais fragilizado, mas, apesar destas limitações, tendo necessidade de se socorrer, para a sua mobilidade, de uma cadeira de rodas, procurava mesmo assim marcar presença nos momentos mais significativos da vida da fraternidade.
Aliás, foi precisamente na vivência franciscana e no encontro dos irmãos em ambiente de fraternidade que ele nos deixou um profundo testemunho, sentindo-se feliz e deixando vir ao de cima a sua simplicidade, disponibilidade, alegria e amizade fraterna.
Cultivava, de modo elevado, uma singular paixão à Ordem dos Franciscanos Capuchinhos pela qual, um dia, se deixou encantar e entregar a sua vida, e, de modo especial, revelou a sua fé, o seu amor e sedução por Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme ficou espelhado nas palavras que proferiu durante a celebração das suas bodas de ouro sacerdotais: «A grande riqueza que eu pude oferecer a tantas pessoas que se cruzaram nos caminhos da minha vida sacerdotal foi a minha paixão e sedução por JESUS CRISTO: Foi a Pessoa por quem me apaixonei, a Pessoa de quem mais falei, sobre quem mais li e sobre quem mais escrevi» (Mira, 19/04/2006).
No passado dia 12 de janeiro de 2023, quinta-feira, foi levado de urgência ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, devido a graves dificuldades respiratórias, sendo medicado para estas limitações de saúde. Mas não sentiu melhoras e, na manhã do seguinte dia 14, sábado de manhã, ainda se levantou mas logo deu sinais de adormecimento, tendo os irmãos que o acompanhavam chamado o INEM, cujos técnicos e equipa médica procederam às manobras de reanimação, mas já nada mais puderam fazer.
No ocaso da vida terrena do P. Fr. Fernando de Negreiros, damos graças a Deus pelo dom da sua vida, da sua consagração religiosa e sacerdotal, nas várias missões a que foi chamado. Nutriu e cultivou em toda a sua longa vida, para além da sua paixão por Jesus Cristo, sumo e eterno Sacerdote, uma intensa e profunda devoção ao Imaculado Coração de Maria, devoção mariana que transparecia na oração diária do Terço, e aprendendo da Mãe de Jesus a ternura maternal que comunicava a todos, espiritualidade que era sempre revestida de simplicidade franciscana. Parte, agora, ao encontro do abraço misericordioso do Pai, unido a Jesus à imagem do qual procurou viver a sua vida cristã, a sua consagração religiosa e o seu ministério sacerdotal. Saibamos todos, especialmente aqueles que com ele privaram, acolher e viver o testemunho que ele semeou e deixou no nosso coração.
O P. Fr. Fernando de Negreiros contava 89 anos de idade, 73 de vida religiosa e 66 de sacerdócio.
"Na primeira pessoa"
Texto pronunciado pelo Fr. Fernando, na celebração das "Bodas de Ouro Sacerdotais", em Mira, no ano de 2006
1. Estou a celebrar a graça do meu Jubileu sacerdotal. Fui ordenado sacerdote quando tinha apenas 24 anos incompletos. O Sacramento da Ordem foi-me conferido na Catedral de Salamanca no decurso da soleníssima e emocionante celebração 1itúrgica da chamada “Mãe de todas as Vigílias” – a Vigília Pascal de 1956 – celebração que começou às 23 horas da noite de 31 de Março e se prolongou até às 3h da madrugada do dia 1 de Abril, já em plena Páscoa da ressurreição do Senhor. Apropriando-me das palavras do saudoso Papa João Paulo II por ocasião do seu Jubileu sacerdotal, também eu a esta distância poderei dizer hoje com a mesma satisfação interior: Desde esse longínquo dia 1 de Abril “transcorreram 50 anos. Olhando para trás, posso assegurar-vos que vale a pena dedicarmo-nos à causa de Cristo e, por amor d’Ele, consagrarmo-nos ao serviço do homem. Vale a pena dar a vida pela causa do Evangelho e pelos irmãos”.
2. Então, esta celebração jubilar é, sobretudo para mim, um momento privilegiado de louvor e de acção de graças. É o momento de dizer com o coração transbordante de gratidão, dando eco às palavras do salmista: “Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios? Elevarei o cálice da salvação invocando o nome do Senhor” (Sl 116,l2). Foi efectivamente o Senhor quem me cativou e por quem eu me deixei cativar para fazer de mim seu sacerdote, fazedor da sua Eucaristia – Eucaristia à qual ao longo destes 50 anos tenho presidido “in persona Christi” não só para assegurar um testemunho e um serviço de comunhão à comunidade cristã, que directamente nela participa, mas também à Igreja universal sempre mencionada na Eucaristia que celebro (EdE 2).
3. Aliás ao receber no dia da minha ordenação sacerdotal a patena e o cálice das mãos do Bispo que me conferiu o Sacramento da Ordem, percebi que, a partir desse momento, o centro do meu sacerdócio era a Eucaristia. E tem-no sido sempre, consciente de que todas as vezes que a celebro tomo o lugar de Cristo quando consagro este Sacramento de que vive e se alimenta a Igreja (EdE 1). E dela vive e se alimenta porque a maior prova de amor que Jesus nos dá na Eucaristia é a doação que Ele nos faz da sua própria vida. E fá-lo para quê? Para nos dizer que, como a d’Ele, também a nossa vida só atinge a sua plenitude de sentido quando somos capazes de a doar aos outros. Então ao longo destes 50 anos, e nesta mesma dimensão eucarística, o meu sacerdócio tem sido vivido para a Eucaristia e em função da Eucaristia. Sem a Eucaristia o sacerdócio não tem qualquer sentido.
4. Por tudo isto, eu sinto que este é também um momento único de poder dizer com Maria “a Mulher profundamente eucarística na totalidade da sua vida” (EdE, 53): “Magnificat anima mea Dominum” – “a minha glorifica o Senhor porque o meu sacerdócio só foi possível porque Ele pousou os olhos neste seu humilde servo e, apesar da minha conatural fragilidade e criaturidade, fez em mim maravilhas”. E uma dessas grandes maravilhas foi a de me ter sustentado e ajudado a viver numa linha de fidelidade constante ao dom da minha vocação religiosa e sacerdotal. E, por isso, com o cântico de louvor e de acção de graças de Maria – que pronuncia o seu “Magnificat no momento em que já traz Jesus no seu ventre” (EdE 58) – também eu quero louvar o Pai “por” Jesus, “em” Jesus e “com” Jesus por ter sido capaz de viver o dom desta fidelidade não só nas horas felizes mas também nas horas difíceis e algumas delas bem amargas, marcadas pelo desencanto, pela angústia, pela incompreensão e, logicamente, por situações de sofrimento. Mas mesmo nas horas mais difíceis eu pude experimentar que o Senhor esteve sempre em todos os meus caminhos.
5. Sabem qual foi o mais gratificante destes meus 50 anos de vida sacerdotal? Foi a possibilidade de poder transmitir aos outros, nas mais diversas circunstâncias, a grande aventura de Jesus Cristo, Libertador e Salvador. E esta dinâmica de salvação, oferecida a toda a gente das formas mais diversas, é o que sinto como mais apaixonante no sacerdócio que tenho vivido. Ou dito de outra maneira: a grande riqueza que eu pude oferecer a tantas pessoas que se cruzaram nos caminhos da minha vida sacerdotal foi a minha paixão e sedução por Jesus Cristo: Foi a Pessoa por quem me apaixonei, a Pessoa de quem mais falei, sobre quem mais li e sobre quem mais escrevi nestes 50 anos, e de quem tenho ainda muito para dizer e comunicar. E foi este mesmo testemunho de amizade e sedução por Jesus Cristo que permitiu que eu me tornasse mediação e instrumento para levar imensa gente a experimentar comigo o seu amor, a sua ternura e a celebrar o abraço e a festa do seu perdão e da sua inesgotável misericórdia.
6. A concluir gostaria de recordar que na sacristia da Catedral de Viterbo, onde está sepultado o único Papa português, Pedro Hispano, com o nome de João XXI, encontra-se esta inscrição profundamente significativa: “Vive a Eucaristia como se fosse a tua primeira Missa! Vive a Eucaristia como se fosse a tua última Missa! Vive a Eucaristia como se fosse a tua única Missa!” Que o Senhor me ajude a continuar a celebrar o Mistério Eucarístico como se fosse sempre a minha primeira, última e única Missa, e que todas as vezes que repetir o gesto de Cristo na última Ceia – dando cumprimento ao seu mandato “Fazei isto em memória de Mim” – que esse gesto e essas palavras nunca sejam repetidas por simples rotina mas sejam sempre ditas a partir duma atitude interior orante e adorante como concretização mais plena do meu sacerdócio.
“Louvai e bendizei o meu Senhor,
dai-lhe graças e servi-O com grande humildade”.
Mira (Aveiro), 19/04/2006
Fr. Fernando de Negreiros